Em continuação da nossa Roda de Conversa o ColetivoRJ levou as questões relatadas para as 3 Plenárias de
Convergência, e as 3 Assembleias - atividades da Cúpula dos Povos 2012.
A primeira plenária, no dia 17/6, buscava
listar as causas da crise estrutural do mundo contemporâneo (social,
financeira, ambiental, econômica, política, etc.). O ColetivoRJ apresentou o
tema da Verdade, memória e Justiça como uma das causas, destacando:
regimes autoritários e ditatoriais, processos de democratização incompletos, a
implantação de um modelo sociopolítico e projeto de sociedade que desvaloriza a
vida, entre outros elementos.
A segunda plenária, no mesmo dia, buscava
listar e apresentar soluções reais para enfrentar os problemas debatidos
anteriormente e a crise estrutural. Novamente, o tema MVJ foi apresentado,
especialmente na importância de se garantir uma efetiva Justiça de Transição,
com seus componentes de investigação, reparação e responsabilização. A Comissão
Nacional da Verdade foi indicada como instrumento importante, se conduzida com
abertura, transparência e participação da sociedade - não só no que se refere a
transições democráticas, mas também para tornarmos públicas outras violações
conjunturais: como no caso do Canadá em que uma comissão da verdade teve como
objeto as violações a povos indígenas.
Na terceira plenária, no dia 18/6, foram
discutodas propostas de campanhas articuladas entre os movimentos sociais.
Novamente, temas reativos a MVJ foram incluídos, no GT sobre democracia e
repressão das movimentos sociais.
A partir destas 3 plenárias, foram realizadas 3
Assembléias gerais de todos os movimentos participantes da Cúpula, para
unir as discussões em um documento único. O ColetivoRJ acompanhou todas as
etapas, visando garantir a inclusão da MVJ no documento.
O resultado do documento final da Cúpula dos Povos é
bastante abrangente, atingindo diversas temáticas de forma diluída (veja aqui).
Ainda é um desafio, no entanto, a difusão das temáticas da MVJ nos debates
públicos.
Consideramos
que a participação na Cúpula dos Povos 2012, foi uma experiência importante
para o ColetivoRJ. O espaço que a Cúpula promoveu uma articulação importante
com outros movimentos e uma aproximação valiosa como outras frentes da luta.
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